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terça-feira, 30 de agosto de 2011

ABIDIPA REBATE CRÍTICA DO GOVERNO BRASILEIRO AOS PRODUTOS IMPORTADOS


ABIDIPA REBATE DECLARADA CRÍTICA BRASILEIRA A PRODUTOS IMPORTADOS
“ESQUECEMOS DE OLHAR PARA OS PRÓPRIOS PÉS”, DIZ PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO


O presidente da ABIDIPA – Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Produtos Automotivos, Rinaldo Siqueira Campos, acha injusta a crítica do governo brasileiro contra os produtos importados, sobretudo oriundos do mercado chinês. “Só sabemos dizer que estamos sendo vítimas de um reduto que pratica mão de obra escrava e que, por isso, consegue ter preços mais competitivos que os nossos. A análise não deveria ser tão fria assim”, contesta.
De acordo com o representante maior da ABIDIPA, os empresários brasileiros são vítimas de uma carga tributária injusta e que essa é a principal razão pela dificuldade de competir com os importados. O custo da mão de obra, no país, chega a 100% de impostos. “Não se faz nada nesse sentido. Há quantos anos estamos aguardando pela propagada reforma tributária?”, pergunta.
“Há um ataque fortuito aos calçados chineses, por exemplo.”, cita Rinaldo Siqueira Campos. Ele lembra que, apesar do Brasil ser o maior fornecedor de matéria prima para a fabricação de calçados – o couro – nossas empresas não conseguem competir, por conta dos impostos excessivos aplicados por aqui. “Nossos executivos sequer perceberam as mudanças de hábitos, nos últimos anos. O sapato perdeu espaço para o sapatênis e nada foi feito para acompanhar essa mudança. Se eles tivessem investido numa empresa nacional para a fabricação de tênis, por exemplo, poderiam ter encontrado um meio para acompanhar as novas tendências mercadológicas.”, entende. O Brasil não tem uma fábrica nacional para competir com o tênis importado. “Não olhamos para os próprios pés”, provoca.
Siqueira Campos avalia que o mercado sofreu grandes mudanças nos últimos 15 anos. A busca global pela competitividade força o enxugamento de custos e a profissionalização. O que, segundo ele, não vem acontecendo no nosso país. “É uma das razões pela quais muitas empresas têm deixado o Brasil, migrando para países com maiores possibilidades de sucesso”.
A busca pela retomada do crescimento, entende o empresário, passa por uma mudança brusca de atitude. Segundo ele, é preciso parar de reclamar e de “pensar pequeno”, buscando maior eficiência e competitividade. No caso da importação de pneus, existe outra lacuna a se considerar: “Carecemos de fiscalização mais efetiva. Existem leis, mas elas não são aplicadas com o rigor que se espera e precisa”, avalia. De acordo com a ABIDIPA, muitos pneus continuam entrando no mercado brasileiro com um cartel de irregularidades que vai desde fraude na importação até o subfaturamento de produtos, lesando os cofres públicos. “Já fizemos essas denúncias para órgãos responsáveis e continuamos aguardando providências”, finaliza Siqueira Campos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ABIDIPA AVALIA TENTATIVA ARGENTINA DE BARRAR PRODUTOS ESTRANGEIROS

ARGENTINA TENTA BARRAR PRODUTOS ESTRANGEIROS
ABIDIPA AVALIA QUE DUMPING NÃO DEVE SURTIR EFEITO




A ABIDIPA - Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Produtos Automotivos entende que a recente decisão do governo da Argentina de criar medidas como o dumping para barrar a entrada de produtos estrangeiros naquele país é ineficaz e não deve surtir efeito prático para a economia local. "O Brasil tentou a mesma medida há dois anos e meio e os resultados têm sido incipientes", avalia Rinaldo Siqueira Campos, presidente da ABIDIPA.

 Este ano, o governo da Argentina aumentou de 400 para 600 itens a lista de produtos que precisam de licenças prévias de importação. De acordo com Siqueira Campos, o ideal seria barrar a entrada de mercadorias subfaturadas e qualquer tipo de fraude nos processos de importação,  a verdadeira razão dos problemas enfrentados, tanto pelo Brasil quanto pela Argentina.  "Tem produto que sai da China, por exemplo, e entra no Brasil  e é vendido no mercado brasileiro com preço inferior ao preço fob da mercadoria e ainda é preciso calcular o custo da importação”, considera.

O empresário cita como exemplo o pneu 295/80/R22.5  (pneu para caminhões) que custa na china em média 330 dólares fob. Ao chegar ao destino final, são aplicados 85 dólares de dumping e ainda os custos de importação que chegam a 80% do valor fob do produto. “Como é possível esse pneu ser vendido por 900 reais no mercado brasileiro? É essa conta que o Brasil e a Argentina precisam fazer na hora de tomar medidas para proteger as fabricais nacionais e incentivar a concorrência leal”, finaliza.