IMPORTADORES DE PNEUS LAMENTAM
OPERAÇÃO “MARÉ VERMELHA” DA RECEITA FEDERAL
PORTO DE SANTOS TEM CASO EMBLEMÁTICO
Morosidade
na liberação de contêineres tem causado prejuízos, diz Associação.
Nesta semana o presidente da ABIDIP – Associação Brasileira dos
Importadores e Distribuidores de Pneus, Rinaldo Siqueira Campos, encaminhou para
o Ministério da Fazenda e para a Receita Federal, um dossiê com o cruzamento de
dados de mais de 70 importadores de pneus. A esperança é que esse material
possa oferecer subsídios para que os órgãos competentes direcionem suas ações diretamente
no subfaturamento no processo de entrada de pneus no país, grande problema
enfrentado pelo setor, que atinge cerca de 70% dos produtos importados para o
Brasil. “Queremos ajudar a Receita Federal, sobretudo porque a Operação “Maré
Vermelha”, iniciada há cerca de um mês, tem sido observada como ineficaz e
prejudicial dentro do objetivo proposto. Com o documento entregue às
autoridades é possível comparar dados e verificar onde estão as
irregularidades: preços diferentes para os mesmos produtos” garante Siqueira
Campos.
De acordo com a entidade que representa cerca de 40 importadores
de todo o país, a operação “Maré Vermelha”, nos portos e aeroportos
brasileiros, tem bloqueado também contêineres de importadores que agem dentro
da legalidade. Para piorar a situação, a liberação desses contêineres têm se
dado de maneira lenta e prejudicial. “Não estão querendo fiscalizar, mas sim
penalizar os importadores”, diz Siqueira Campos. Pelas informações do empresário, um dos
importadores está com 10 contêineres retidos e a promessa de liberação é de
apenas um contêiner/dia. “É preciso mais agilidade. Temos nosso problema de
logística, nossos custos. Temos despesas com a carga parada no porto. Parece
que estão fazendo “operação padrão”. Não reclamamos da fiscalização, mas da
maneira como ela está acontecendo. Quem estiver irregular que pague as multas.
Mas temos nossos compromissos”, reclama Siqueira Campos.
“Não estão indo na raiz do problema que é o subfaturamento”,
aponta Siqueira Campos. Segundo ele, todos os portos e aeroportos do país estão
enfrentando o mesmo problema o que, claro, atinge importadores do Brasil
inteiro. Números atualizados dão conta que o Brasil importa cerca de 28 milhões
de pneus/ano e que as práticas de subfaturamento e outras irregularidades,
representem um prejuízo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 600
milhões/ano.
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